https://boainformacao.com.br/2017/08/como-um-golpe-bilionario-na-internet-esta-partindo-coracoes-e-esvaziando-contas-bancarias/
leia toda materia neste link
Os estelionatários virtuais, ou scammers, podem ter arquitetado o crime perfeito. Eles ficam sentados em segurança diante de seus computadores em países distantes, procurando suas presas nas redes sociais, e raramente são pegos. As vítimas frequentemente saem com prejuízos financeiros enormes e profundas feridas psicológicas, além de se sentirem tão envergonhadas que relutam em vir a público para falar do que sofreram, mesmo depois de entender que foram vítimas de um golpe.
Enquanto isso, as pessoas em posição de poder ajudar a combater esse tipo de fraude tratam esses incidentes como “uma coisa sem maior importância, sendo que na verdade é um incêndio florestal crescente”, disse o médico Steve G. Jones. Ele também é vítima dos scammers: seu nome e suas fotos foram roubados para criar as identidades falsas usadas nos golpes de namoro.
O FBI informa que nos Estados Unidos os golpes românticos são os responsáveis pelos maiores prejuízos financeiros de todos os crimes facilitados pela internet. O Centro de Queixas de Crimes na Internet do FBI informou ter recebido 15 mil denúncias de estelionatos românticos virtuais no ano passado, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Os prejuízos informados passam de US$230 milhões, mas o FBI avalia o valor real como sendo muito maior, estimando que apenas 15% desses crimes chegam a ser denunciados à polícia.
O FBI ressalta ainda que as chances de as vítimas recuperarem seu dinheiro são ínfimas. De acordo com a Interpol, parte do dinheiro roubado por redes estelionatárias internacionais acaba nas mãos de organizações terroristas como o Boko Haram.
Muitos desses cibercriminosos acreditam que o uso de “elementos espirituais” em conjunto com a internet aumenta suas chances de sucesso, como explicou um artigo acadêmico de 2013 sobre a cibercriminalidade nigeriana. Os scammers lançam um feitiço de vodu, essencialmente para hipnotizar suas vítimas para que lhes entreguem seu dinheiro. Em alguns casos isso requer que usem um “anel encantado” no dedo indicador da mão direita – aquele que bate na tecla “enter” para enviar mensagens – e lambam “um pó preto misturado com mel” antes de falar com os “maga” (otários) ao telefone. A informação é do “Guardian” nigeriano e de um artigo acadêmico de 2011 sobre os retratos na mídia ganense dos rituais ocultos envolvidos em ciberfraudes.